Pai: Luiz Avancini
Mãe: Italia Cercarioli Avancini
Data de nascimento: 21/7/1929
Naturalidade: Itapira
Cursos: Supletivo até 4º ano.
Primeira Comunhão e Crisma: Mogi Mirim, na Igreja Matriz.
Biografia:
Sua vocação religiosa foi incentivada pela Ir. Angélica Maria que era enfermeira na Santa Casa de Itapira- S.P., onde Ir. Angelina freqüentava.
Dos 13 aos 16 anos, Angelina trabalhou na Fábrica de Chapéus “Jades Sarkiz”, que ficava perto da Santa Casa de Misericórdia.
Nas horas vagas corria para conversar com Ir. Angélica Maria.
Gostava muito de rezar na capela da Santa Casa, freqüentando-a todos os dias. Participava das missas, terços, procissões, dos festejos do mês de maio, festas de Nossa Senhora, cantava no coral e ajudava preparar as crianças para a Festa da Coroação de N. Senhora. Sentia-se muito feliz com essa vida.
Ir. Angélica Maria, conhecendo-a bem, deu-lhe um livro de Santa Terezinha. Nem acabou de ler, resolveu falar que ia para o convento: “Ir. Angélica, eu vou para o convento, meu pai e minha mãe já deixaram e ficaram muito felizes com a minha decisão.”
Sua entrada no convento se deu em 24 de setembro de 1937, aos 18 anos. Após 5 meses recebeu o véu e a coroa, fazendo a profissão religiosa, isto é, emitindo os votos em 25 de janeiro, junto com mais três moças.
Como religiosa, morou no Colégio Sagrado Coração de Jesus, das Irmãs Calvarianas por 18 anos, em Campinas. Ai fez os votos perpétuos nas mãos da Madre Maria Helena da Cruz, então, Superiora Provincial.
Trabalhou nesse Colégio lecionando matemática para o C.A. da manhã e da tarde.
Na separação das irmãs do Calvário para a Ressurreição, optou por Catanduva, onde as Irmãs se organizavam.
Na “Ressurreição”, em Catanduva, trabalhou no departamento de pessoal, e, como motorista buscando e levando as crianças depois das aulas, numa Kombi, durante muitos anos. Exerceu a função de secretária ajudando a Ir. Ângela Maria na “Ação Social”. Madre Maria Helena da Cruz não queria que ela fosse para as Irmãs da Ressurreição. Entretanto, foi assim mesmo, deixando Madre muito triste e chorando. Com a Madre Maria Terezinha foi morar na casa da Rua Colomba Ricci, em Campinas, recém fundada. Ai lecionou datilografia por um ano.
Em seguida, foi morar no Rio de Janeiro, no Colégio da Tijuca que estava iniciando com Ir Ziláh, Ir Letícia e Ir Zélia, onde está até hoje.
No Rio de Janeiro, ocupou-se do serviço da recepção na portaria, acolhendo as crianças nos três períodos de aula, manhã, meio dia e a tarde.
Desde agosto de 2009, Ir. Angelina veio à Casa mãe, em Catanduva para tratar dos dentes. Sofreu com paciência todo o trabalho dos dentistas.
Agora, acabado o tratamento está ansiosa para voltar ao Rio.
Sua presença entre nós foi uma bênção de Deus; foi um encanto de bondade, delicadeza e de muito trabalho. Está sempre ajudando em alguma coisa com muita alegria.
Quando não está trabalhando, nós a vemos com o terço na mão, rezando pelas nossas intenções.
Quer se sentir muito útil à comunidade que a acolheu com todo carinho. É um testemunho de Religiosa prestativa, carinhosa, sempre alegre e atenciosa as necessidades das irmãs.
Sua presença leve e solta vai deixar saudades aqui na casa mãe.
Ao mesmo tempo que quer ir para o Rio, quer ficar aqui, pois já estava bem acostumada.
Obrigada Gê, pela sua presença entre nós.
Que Deus a abençoe hoje e sempre.
Depoimentos
Ir. Gê, com seus oitenta anos, é uma pessoa muito especial. Seu sorriso “azul”. Como dizem alguns por causa dos seus lindos olhos azuis, sua alegria, simplicidade e disponibilidade a tornam uma pessoa encantadora.
Ir. Gê está sempre de bom humor, ela se diz muito feliz na vida religiosa desde quando ela se consagrou, e o seu espírito de se colocar a serviço onde precisar, faz dela um testemunha para todas nós irmãs e para as jovens formandas.
“”Se não tornardes como criança, não entrareis no Reino do Céu, disse Jesus. Ir. GÊ vai um pouco nessa direção.
Ir. Kazumi
Pensar em pessoas especiais nos leva sempre a pensar em quem tem uma inteligência superior, ou em quem desenvolve grandes recursos em algum setor ou grande habilidade em uma dimensão humana.
Dificilmente, pensamos em pessoas especiais, que se sobressaem em algum aspecto, se a pessoa é simples ou com pouco estudo.
Diferentemente, da primeiro afirmativa, eu conheço uma pessoa simples, mas muito, muito inteligente. Não tem grandes doutorados no conhecimento cientifico, mas tem doutorado na arte de viver.
Uma pessoa que não vive do passado. Lembra-se, eventualmente, de fatos conforme a conversa em redor. Não se lamentando pelo que fez ou deixou de fazer. Não fica se lembrando de pessoas queridas em sua vida com sofrimento ou lamentação. Lembra-se sempre com carinho. Mas não faz disso um drama.
Não coloca sua felicidade no futuro, com o que pretende fazer ou realizar.
È uma pessoa que sabiamente vive o presente. É alegre com o que faz e com o que acontece. Vibra com as pequenas coisas. Aplaude quem chega. Acolhe igualmente a todos. Preocupa-se com cada um: se chegou, se comeu, se está bem.
É incrivelmente inteligente para lidar com a vida e com as pessoas. Não perturba. Repete alguns pensamentos, sim, mas que em nada ofuscam sua beleza interior. É profundamente respeitadora. È capaz de abrir mão de si, de comer, de tomar banho, se alguém está precisando dela. Não quer deixar ninguém sem companhia. E expressa verbalmente que o que mais quer é ajudar os outros.
Ir, Angelina, nossa querida Gê, é assim. Uma pessoa linda. Passou 6 meses morando aqui na casa mãe e deixou grandes ensinamentos.
Aprendi com ela a ser mais simples, aprendi que o outro sempre vem em primeiro lugar. Aprendi que servir é uma grande gesto de amor. Que a disponibilidade nos deixa lindos!
Aprendi que o segredo da vida é saber amar.
Obrigada Ir.Gê, muito obrigada por todos estes ensinamentos que Deus proporcionou à nossa comunidade com sua presença.
A senhora volta para o Rio, mas sua presença ficará forte nesta casa: seu véu ao vento, seu constante sorriso, sua alegria, seu ir e vir, seu cuidado com as portas e janelas, com tudo, Ir.Gê, com tudo.
Fico imaginando que Ir.Gisele foi para a comunidade da Tijuca para aprender com a senhora e com Ir.Zélia o que ela precisa crescer para se tornar a formadora que está sendo.
Que Deus a recompense por tudo. E nossa família religiosa é abençoada por ter a senhora como Irmã.
A senhora é especial e eu a amo muito.
Ir. Norma
Querida Ir. Gê,
esses quatros anos que tive a oportunidade de morar e conviver com a senhora, foram para mim uma verdadeira escola de aprendizagem, onde eu aprendi que a gentileza faz toda a diferença, a humildade nos engrandece, a disponibilidade nos enriquece, a alegria nos faz livres e o serviço nos dá a vida.
A senhora foi e é um grande exemplo de uma vida verdadeiramente doada, sem exceção.
Quero, a cada di,a lembrar dos seus gestos e seu carinho para com todos e assim poder como a senhora dar o melhor de mim ao próximo sem nunca reclamar.
Agradeço por tudo o que pude aprender e viver ao seu lado nesses anos, mas em especial pelo carinho.
Quero que saiba que me senti muito amada na Tijuca e a senhora e também a ir. Zélia são grandes exemplos na minha vida de religiosa que está apenas começando.
Obrigada pelo carinho, amizade e generosidade e me perdoe se alguma vez eu a ofendi ou a magoei; saiba que essa nunca foi a minha intenção.
Desejo que a senhora seja muito feliz e que Deus continue a santificando a cada dia.
Um grande e forte abraço, te amo muito.
Com carinho e gratidão, Ir. Gisele
