Pai: João Cândido da Silva
Mãe: Maria José de Jesus
Data de nascimento: 25/3/1920
Data de falecimento: 02/02/1998
Naturalidade: Lindóia (SP)
Biografia
Ir. Irene Maria, sempre alegre, sempre sorrindo, sempre acolhedora, sempre laboriosa. Principalmente sempre acolhedora. Eu gostava de chamá-la de “Cartão de visitas de nossas comunidades”. Calvariana, cuidou da cozinha do noviciado, em São Paulo durante vários anos. Ótima cozinheira! Ninguém preparava uma couve mais bem picada e mais verdinha do que ela! Sempre preocupada em servir bem as suas Irmãs. Eu era jovem professa e ela era noviça.
Madre Maria do Calvário era a superiora da casa de formação em São Paulo. Ela pretendia ter no “quintalão” do noviciado, um galinheiro que fornecesse frangos e ovos. Pra tanto, adquiriu um galo de raça, que seria o reprodutor. Ir. Irene achou que o galo ficaria melhor na panela. Perguntou à Madre: – Posso matar aquele frango velho e fazer uma galinhada para as Irmãs? Irmã M. Maria do Calvário, pensando que fosse o galo garnisé, já bem velhinho, deu permissão. Ir. Irene sacrificou o belo galo de raça… Madre Maria do Calvário percebeu o engano, ficou muito zangada… E Ir. Irene querendo justificar-se: – Ah, Madre! Que é que eu vou fazer? Chegou a hora dele!!! Ir. Irene, sempre serviçal, trabalhou em várias comunidades, quer admistrando a cozinha, quer atendendo as pessoas na portaria, como recepcionista.
Em 1968-69, morava no Colegião e viveu conosco os momentos difíceis da passagem do “Calvário” para a “Ressurreição”. Optou por reafirmar sua consagração, renovando seus votos, com todas nós, no dia 29 de junho de1971. Sua saúde era um tanto ou quanto deficitária. Assim é que estava sempre às voltas com suas consultas, seus médicos e seus remédios. Após todos os exames, o veredito final era da Doutora Isabel, sua grande amiga, em cujo parecer ela confiava! Mesmo doentinha, ela estava sempre em pé, acompanhando a comunidade, exercendo o trabalho a ela confiado. Na ocasião em que adoenceu de verdade, ela fazia parte da Comunidade do Lar Ortega-Josué e, como sempre, acolhia sempre com alegre sorriso, a quem tocava a campainha da portaria. Passou mal à noite e logo de manhãzinha foi levada para o Hospital Padre Albino. O médico que a atendeu nos alertou do seu estado muito grave. À tarde, Pe. Vicente, acompanhado do Fábio, seminarista, hoje sacerdote doutrinário, administrou-lhe o sacramento dos enfermos. Ir. Umbelina e eu rezamos com ela e ouvimos com carinho suas últimas queixas.
Ela estava na U.T.I, e tivemos que deixá-la. Na manhã seguinte, voltamos ao hospital. Tiveram que sedá-la para evitar maiores sofrimentos. Sua família veio vê-la, mas ela não falava mais. Era o dia 02 de fevereiro de 1998. Ela partiu para casa do Pai. Sua família exigiu que ela fosse sepultada com os seus, em Itapira. Fomos acompanhá-la até lá e passamos a noite em seu velório. Pela manhã, um sacerdote, Pe. Avancini, um primo da Ir. Angelina, celebrou missa de corpo presente e nós a acompanhamos até sua última morada, cantando: “Com minha mãe estarei”, pedindo a Nossa Senhora que a recebesse com carinho na casa do Pai. O Pe. Xavier e o Edgar vieram de Taubaté para se despedir dela, rezar conosco e trazer-nos o conforto de sua amizade. Ir. Irene já estava sepultada e eles rezaram por ela, junto ao seu túmulo.
Em seguida, fomos até o Lar São José, administrado pelas Irmãs Calvarianas. Ir. Angélica, de 92 anos, preparou-nos um bom café da manhã. De lá, fomos para a Santa Casa, também sob a direção das Irmãs Calvarianas. As duas comunidades nos receberam com muito carinho, felizes em nos acolher. Pudemos matar as saudades de nossas boas e antigas companheiras de caminhada…Ir. Irene nos proporcionou esta bela oportunidade! A Deus, nossa ação de graças. A todas elas nosso alegre agradecimento!
À Ir. Irene nosso bem querer e nosso Deus lhe pague!
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